sexta-feira, 18 de março de 2011

A DOR E A SAUDADE




A DOR É A SAUDADE

Bela, de inteligência impar, e cultura explendora,
Buscava na ascesão do mundo o sucesso pleno,
Sabia usar as armas, tinha como perfil um coração vazio,
E uma alma implacável em defesa de seus ideais.
Alcança a fama é o sucesso, o glamour e a riqueza,
Deixa para traz a família, os amigos e a pobreza,
Nunca mais retornando a casa simples onde vivia,
Mudando para um pais distante, em nobre morada,
Fica a pobre mãe já idosa, a chorar lagrimas de dor,
Beijando a todo o momento a foto da filha amada,
Que ao partir para tão longe, deixou arrasado teu coração,
E pouco a pouco a pobre velhinha cai em terrível prostração.
Levada a um abrigo, passa o tempo a olhar triste o portão,
Na esperança vã de ver por ali adentrar a filha tão querida
Que hoje ela só vê pelas fotos estampadas em revistas,
Passa se os anos e hoje despede se da vida a pobre mulher.
Em terras distantes, após terrível escândalo financeiro, uma
Empresaria de sucesso e fama, conhecida como a bela dama,
Vê ao poucos se esvair os seus sonhos e a pobreza novamente,
Abrir-lhe as portas em convite de renovação e recomeço.
Volta a pátria, que um dia havia deixado, olhos tristes marejando,
Lembra da mãe adorada, e busca novamente a casa da infância,
Recorda o colo, o beijo doce e terno, da adorada velhinha,
Que um dia deixou na porta a soluçar de imensa dor.
Encontra apenas uma casa velha, abandonada, triste tapera,
E alguém lhe diz que a mulher que tanto a esperou hoje repousa
Em pobre campa na necrópole triste da cidade natal,
Onde nem um flor existe, apenas uma pedra já corroída pelos anos,
Onde se lê o epitáfio triste “AQUI REPOUSA UM TRISTE CORAÇÃO,
“QUE BUSCOU NOS ANOS O REENCONTRO COM OUTRO CORAÇÃO”


CONSELHEIRODAPAZ
GOIANIA 16 DE MARÇO DE 2011.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A MANJEDOURA





A MANJEDOURA


Aproxima - se mais um natal, luzes coloridas embelezam as cidades, apelos comerciais enaltecem a data festiva, a preocupação com a ceia, as bebidas, comidas, quantas coisas para se fazer, o presépio tem lugar de destaque, a arvore de natal, as guirlandas, tudo tem que estar pronto a tempo e a hora.
Mas uma pergunta que não calar. E o aniversariante? Será que alguém está se lembrando dele? Seria ele o convidado principal? Estamos convidando os pobres e estropiados como ele pediu?
O natal é todo dia, pois todo dia é dia de renascermos em Cristo, de estendermos as mãos aos irmãos em desalento, de ajudarmos aos outros a suportar o peso da cruz, de louvarmos o filho do Senhor, que veio nos falar de amor, paz, harmonia e perdão.
Nesta natal, que assumamos o compromisso,  não de corrigir o mundo, mas de começarmos a corrigir o nosso mundo interior, para depois, através do exemplo, começar a transformação de todos os dias em dias de nascimento na Manjedoura.

CONSELHEIRODAPAZ
GOIÂNIA, 18 DE OUTUBRO DE 2010.
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A CIDADE ONDE EU POUSEI.








A CIDADE ONDE EU POUSEI.

Nesta bela Jovem Senhora, cidade mulher,
Pousei  nesta encarnação,  aterrissando no
Centro Oeste do Pais, Na minha Goiânia querida,
Com teus bosques, teus lagos, tua beleza arquitetônica
De Menina que se enfeita para receber o enamorado.
Aqui, encontrei o grande amor de minha vida, que veio de
Uma terra distante, e apaixonou também pela doce Senhora,
Depois vieram meus filhos, flores de ipê a cobrir com tuas flores
O planalto de meu lar..
Goiânia, tem flores, tem gente hospitaleira, tem pessoas bonitas,
Chamada cidade Sorriso, aqui se faz amizade fácil, aqui ainda se
Coloca as cadeiras na calçada.

Conselheiroda paz.





TUA PARTIDA

Tua partida deixou abertas feridas,
Que não cicatrizaram jamais,
Sem despedida, sem lagrimas de Adeus,
Deixando vazio o coração,
E cheio de lagrimas os olhos meus.

Onde andarás o filho que amo tanto,
Porque deixou o lar teu acalanto,
Em busca de sonhos que em vão
Não são mais que utopias.

Nos olhos de tua mãe, só tristeza,
A face já não tem mais brilho,
E o sorriso as vezes ameaça tímido,
Depois se cala em dor.

Filho, a estrada é longa e sinuosa,
Mas sabes o caminho de volta,
Onde encontraras sempre guarida
No sei de tua mãe querida.

Pode voltar, a casa é tua, teu lar,
E teu pai, que hoje chora,
Lagrimas de intensa dor,
Com certeza novamente sorrirá.










A MEU FILHO QUE VOO





A MEU FILHO QUE VÔO,

Dia 08 de novembro de 2010, uma segunda feira como as outras, você partiu para o trabalho, sorriu para a mãe, fez um carinho no cachorro, e desapareceu na curva do caminho, não chegou ao trabalho, não retornou ao lar,  e a dor começou devagar em nossos corações, uma duvida atroz, perguntas que não se calavam, o olhar para o horizonte vazio, o cair da noite, a aurora que brotava, e apenas um imenso vazio, até que, dois dias depois, o telegrama, frio como uma montanha de gelo, insensível, dizia apenas que você estava correndo atrás  de seus sonhos, que seria desta forma ou não seria mais.
Agora se encerra o ano, tudo começa de novo e  nem uma palavra a mais, o teu silêncio se transforma em dor tão intensa que chega a queimar a alma daqueles que te amam.
Filho, você é um pedaço importante de nossa historia, o amor que temos por você não pode ser descrito em um simples texto, pois está escrito com a tinta da caneta de Deus, gravado em ouro em dois corações, o meu é o de tua mãe.
Jamais pensamos em cercear a tua vontade de voar, pois como a águia, que se atira do penhasco para alçar vôo pelo mundo, isto aconteceria um dia, é o exercício de teu livre arbítrio.
O que não queríamos era que esquecesse o  calor do ninho que por tantos anos te serviu de abrigo, e que continua como você deixou.
Todos os dias, ao tocar o telefone, ao abrir os e-mails, nova expectativa e a ânsia de que do outro lado da linha, ou um simples texto, a tua voz, ou algumas palavras escritas,  possa trazer o alivio que tanto esperamos, um alô, um estou aqui, um até breve.
Isso, que está acontecendo conosco, acontece a milhares de pais e mães pelo mundo todo, agora entendemos a dor das Mães das Sé, as mães e os pais que durante anos buscam incessantemente um pedaço de suas almas que partiram, sem acenar um lenço de adeus, ou dizer um ti amo.
Se por acaso filho amado, isto lhe cair nas mãos, enxugue as lagrimas, e nos fale de teus sonhos, de teus anseios, sem magoas, sem rancor.

A Ti meu filho, muito Amado, João Adolfo Amaral Ribeiro

JOSE MARCELINO RIBEIRO