ABANDONADOConselheirodapaz-MarcelinoMinhas noites são tão amargas sem ti,Falta o calor de teu corpo junto ao meu,Aquecendo-me o desejo de te ter semi nuaEm uma abrasadora paixão em dueto.Um dia te vi levantar como se nada fosseAcontecer como se não existisse nada entre nós.Na penumbra do nosso ninho de amor,Partiste como chegaste um dia.Na manhã o sol já não me aquecia, estava gelado,As flores que cultivavas havia perdidos as cores,O céu que sempre era azul, estava cinza e triste.E nossa alcova antes cheia de calor, estava sem vida.Na minha mente, sua imagem elegante e bela,Aparece como uma sombra nos braços de outro,Sinto o gosto amargo de teus lábios que já não são mais meus,E te vejo sendo acariciada por mãos que não as minhas.Não ouço mais os nossos boleros a embalar nosso amor;Agora são apenas fúnebres notas sonoras, a dizer-me a todo instanteQue nosso amor que parecia eterno, incapaz de ser vencido pelo tempo,Morreu, silenciou, calou se na ultima nota da madrugada.Onde anda amor de minha vida, Deusa bela dos meus dias felizes,Em que céu te esconde, que bocas beijas agora?Será que tens um amor ardente e intenso como o que te dei?Será que um dia te verei novamente entrar por esta porta,Por onde nunca, nunca devias ter saído um dia.Mas me resta o doce e terno consolo, de todo abandonado,Que por mais que procures, que por mais amores que tenhas,Em todos os corpos que abraçares, em todas as bocas que forem tuas,Jamais deixará de sentir o gosto amargo de meus lábios junto aos teus.
Maio/10
domingo, 29 de agosto de 2010
ABANDONADO
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